E ainda me pedem sacrifícios...
Correio da Manhã, 19 de Janeiro de 2007:
Remunerações nas empresas do Estado continuam sem regras definidas.
Aumentos de 200% a gestores públicos.
Tribunal de Contas critica falta de receptividade às sugestões apresentadas.
Os gestores públicos continuam a receber muito acima da remuneração base definida e actualizada através de várias resoluções do Conselho de Ministros. De acordo com uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas a quatro grandes empresas públicas (Águas de Portugal – AdP, Caixa Geral de Depósitos – CGD, CTT e ANA – Aeroportos de Portugal), as remunerações dos presidentes dos Conselhos de Administração e respectivos vogais estão mais de 200 por cento acima das fixadas na resolução do Conselho de Ministros.
No caso da CGD, por exemplo, o valor base fixado para o período de 2003 a 2005 era da ordem dos 4752,55 euros, mas os presidentes da instituição (e foram quatro: António de Sousa e Mira Amaral, Vítor Martins e Santos Ferreira), auferiram 24 939,89 euros.
Comentários para quê? Só realçar um pormenor: isto refere-se a empresas públicas, criadas, pagas e geridas com o dinheiro dos nossos impostos, para nos servirem e que, na maior parte dos casos, combram-nos caro para nos servir.
Termino com o título desta escrita e um slogan cada vez mais válido:
Pedem-me para fazer sacrifícios?
Os ricos que paguem a crise!
19 de Janeiro de 2007. [Retorna a: * Back to: Índice * Index]
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